Como resolver gargalos de latência em ambientes virtualizados
Índice:
- Latência: o elo fraco na virtualização corporativa
- Como o armazenamento impacta diretamente a virtualização
- As origens dos gargalos: onde mora o problema real
- Cache SSD: a engenharia por trás da aceleração do armazenamento
- A matemática da performance: iOPS, throughput e latência
- Virtualização sem limites: quando o armazenamento acompanha sua empresa
- Armazenamento sem limites para empresas inteligentes
A princípio, ambientes virtualizados surgiram como uma solução promissora para reduzir custos, melhorar a escalabilidade e aumentar a flexibilidade das operações de TI.
Entretanto, qualquer profissional que lida diariamente com infraestrutura sabe que, na prática, nem tudo flui como prometido nos catálogos dos fabricantes.
E, de fato, um dos desafios mais recorrentes — e por vezes negligenciado — é o gargalo de latência.
Quando um ambiente virtualizado começa a apresentar lentidão, o problema se manifesta de forma silenciosa, porém devastadora.
Aplicações críticas passam a responder de maneira intermitente, usuários encontram dificuldade para acessar arquivos compartilhados e processos operacionais que antes eram executados em minutos passam a consumir horas.
O mais alarmante é que esses efeitos não estão, necessariamente, ligados à CPU ou à quantidade de memória RAM disponível, mas sim ao subsistema de armazenamento.
Latência: o elo fraco na virtualização corporativa
Em termos simples, latência é o tempo que uma solicitação leva para ir do ponto A ao ponto B e retornar com uma resposta.
Dentro de ambientes virtualizados, essa métrica ganha contornos críticos, pois cada máquina virtual (VM) depende, fundamentalmente, da performance de acesso ao armazenamento compartilhado.
Imagine um cenário com dezenas de VMs operando simultaneamente. Elas executam desde aplicações de banco de dados até sistemas ERP, além de processos de backup, serviços de diretório e armazenamento colaborativo.
Todos esses elementos, inevitavelmente, geram requisições constantes ao volume de armazenamento.
Quando o throughput do ambiente — que compreende tanto largura de banda quanto operações por segundo — não acompanha o crescimento do volume de transações, surge a latência.
E o reflexo disso é sentido na pele: aumento de downtime, queda de performance das aplicações e, em situações extremas, risco de perda de dados.
Como o armazenamento impacta diretamente a virtualização
Para entender a gravidade do impacto, é preciso compreender como funciona a comunicação entre os hipervisores — sejam eles VMware, Hyper-V, Proxmox ou qualquer outro — e o sistema de armazenamento.
O acesso ao armazenamento em ambientes virtualizados ocorre de forma constante e concorrente. Cada operação, seja ela de leitura ou escrita, representa uma solicitação ao sistema de arquivos onde as VMs estão hospedadas.
Ao adotar um storage NAS, a arquitetura entrega os volumes de armazenamento por meio de protocolos de rede, como NFS, iSCSI ou SMB.
Diferentemente de discos locais, o NAS permite que múltiplos servidores acessem o mesmo conjunto de arquivos simultaneamente, o que é essencial para ambientes de alta disponibilidade e failover.
No entanto, essa vantagem também carrega um desafio: o aumento exponencial de requisições paralelas. Quando essas requisições superam a capacidade de resposta dos discos, a latência se instala e, consequentemente, compromete toda a infraestrutura de TI.
As origens dos gargalos: onde mora o problema real
Grande parte dos gargalos de latência surge da relação direta entre o perfil dos arquivos manipulados, o volume de operações simultâneas e a arquitetura física do armazenamento.
Se a sua empresa executa, por exemplo, bancos de dados SQL, servidores de arquivos colaborativos ou ferramentas de analytics, o tráfego de I/O tende a ser extremamente sensível.
Neste cenário, surge um conceito crucial: iOPS — Input/Output Operations Per Second. Essa métrica representa a quantidade de operações que o sistema de armazenamento consegue executar por segundo.
Quando o ambiente exige mais iOPS do que o sistema suporta, a consequência é clara: filas de requisições se formam, os tempos de resposta disparam e a produtividade desaba.
Além da quantidade de iOPS, o tamanho dos arquivos e o perfil das requisições também impactam diretamente.
Processos que manipulam arquivos pequenos, mas em altíssima quantidade (como bancos de dados e serviços de autenticação), demandam muitos iOPS.
Por outro lado, operações com arquivos muito grandes, como vídeos, backups ou imagens de máquinas virtuais, pressionam a largura de banda do sistema.
Portanto, não basta apenas analisar a velocidade nominal da conexão de rede. É fundamental compreender se o subsistema de armazenamento tem capacidade de processar tanto a quantidade de requisições (iOPS) quanto o volume de dados (largura de banda) exigidos pela infraestrutura virtualizada.
Cache SSD: a engenharia por trás da aceleração do armazenamento
Uma das soluções mais inteligentes e tecnicamente robustas para resolver gargalos de latência em ambientes virtualizados baseados em NAS é a implementação de cache SSD. Mas o que isso significa na prática?
O cache SSD funciona como uma camada intermediária de altíssima velocidade entre o conjunto de discos mecânicos (geralmente SATA ou SAS) e os processos que solicitam acesso aos arquivos.
Tecnicamente, os SSDs operam com latências medidas em microssegundos, enquanto discos tradicionais trabalham na ordem de milissegundos.
Parece pouco? Na verdade, essa diferença representa uma aceleração de centenas de vezes em determinadas operações.
Existem dois tipos principais de cache:
- Cache de leitura: armazena temporariamente os arquivos mais frequentemente acessados, permitindo que futuras solicitações sejam atendidas diretamente do SSD, sem precisar recorrer aos discos mecânicos.
- Cache de gravação: captura dados enviados ao armazenamento e os mantém no SSD enquanto os discos tradicionais processam as operações subsequentes. Esse mecanismo permite que o sistema responda rapidamente às solicitações do ambiente virtual, reduzindo a latência percebida pelos usuários.
O efeito prático do cache SSD é tão significativo que, em alguns casos, o tempo de resposta de máquinas virtuais cai de dezenas de milissegundos para menos de 1 ms em operações críticas, como acesso a bancos de dados ou arquivos hospedados no servidor de arquivos.
A matemática da performance: iOPS, throughput e latência
Para resolver gargalos de latência, é indispensável que os gestores de TI dominem os parâmetros técnicos que regem o desempenho do armazenamento.
A começar pelos iOPS, que exercem papel central na definição da performance do ambiente. Um disco mecânico de 7200 RPM entrega, em média, entre 80 e 120 iOPS.
Em contrapartida, um SSD de datacenter oferece de 5.000 até 100.000 iOPS, dependendo da interface — seja SATA, NVMe, U.2 ou U.3.
Quando aplicamos isso a um ambiente NAS com 12 ou 24 baias, a diferença é brutal. Mesmo configurando os discos em RAID para ganho de redundância e performance, os limites físicos dos discos tradicionais impõem um teto que não pode ser ignorado.
E não se trata apenas de iOPS. A largura de banda — medida em megabytes por segundo (MB/s) ou gigabits por segundo (Gbps) — também é determinante.
Processos como replicação de VMs, sincronização de snapshots, execução de backups, ou movimentação de grandes volumes de informações exigem não só iOPS altos, mas também alta capacidade de throughput.
Por isso, ao projetar ambientes com NAS, a escolha correta dos discos, da configuração de cache SSD e dos links de rede (como 2,5GbE, 10GbE ou até 25GbE) determina o sucesso ou o fracasso da operação.
Virtualização sem limites: quando o armazenamento acompanha sua empresa
Empresas que investem em ambientes virtualizados, mas negligenciam o subsistema de armazenamento, invariavelmente enfrentarão gargalos.
Ao contrário, aquelas que optam por um storage NAS com cache SSD observam melhorias exponenciais na performance, na confiabilidade e na escalabilidade da operação.
Além disso, os benefícios não se restringem à performance. Recursos como snapshot, backup automático e backup imutável oferecem uma camada adicional de proteção contra falhas humanas, ataques cibernéticos e erros operacionais. Isso garante que o ambiente não apenas seja ágil, mas também resiliente e seguro.
Ao integrar essas soluções, a empresa elimina gargalos, reduz drasticamente o tempo de restauração de informações e mantém a integridade dos processos, mesmo em cenários de alta demanda ou contingências.
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Armazenamento sem limites para empresas inteligentes
Investir em uma solução de alto desempenho não significa apenas eliminar latência. Significa, sobretudo, garantir que sua operação não será interrompida por limitações técnicas.
Um ambiente virtualizado que opera com servidor NAS equipado com cache SSD se torna referência em velocidade, disponibilidade e segurança.
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A operação flui sem entraves, seja em tarefas cotidianas, seja em grandes projetos que demandam escalabilidade imediata.
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